Eu gosto de festas, gosto de carnaval, do meu carnaval de cidade de interior, onde todo mundo brinca numa festa relativamente saudável. Como também gosto da calma e da tranquilidade das ruas da cidade vazias, durante o carnaval. Porto Alegre nesse feriado, foi campo de paz. Os bares com seus frequentadores, alheios a massa carnavalesca, alheios a obrigatoriedade de "fazer o carnaval" ao modo tradicional, beber, dançar, fantasiar-se, enfim liberar suas energias, acumuladas durante o ano. Pessoas comuns fazendo suas coisas comuns, aquilo que estavam de fato com vontade de fazer, nada planejado com um ano de antecedência, mas coisas gostosas que surgem do "vamos fazer". Ouvir, sentir a vida fluir, ter consciência que sua felicidade está surgindo de dentro de você, pode ser canalizada, sentida, ou ingnorada. Podemos maquiá-la, vendê-la, comprá-la... mas não será sentida de fato, se não a buscar dentro de si. Fazer tudo que se quer, e ao mesmo tempo nada, tudo sem pressa, se deixar estar, se permitir ser e ficar. Ouvir o som da vida, da beleza daquilo que realmente é teu, que é tua alma, teu poder de ser e sentir. É claro que aprecio um bom vinho, boas companhias, boas músicas, mas nada é comparado ao simples som de meu coração batendo tranquilo, em paz, leve, pela certeza de estar sendo "eu" e não apenas parecendo o que os outros esperam de mim. Libertar-se dos pré conceitos elaborados ao longo da vida, libertar-se daquilo que nos prende as dores, libertar-se das coisas que nos enraizam ao solo morto, libertar-se. Transpor as amarras imaginárias que nós deixamos se formar ao nosso entorno. Enfim, se deixar por uns dias ou horas de pernas para o ar, e quando voltar, estar pronto, renovado para os novos obstáculos a serem ultrapassados.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
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