Guaíba-visão da Secretaria de Segurança 18:00 18/05
Um fim de tarde na cidade. Um lindo sol se escondendo no lado de lá do rio. A frenesi urbana não cessa, nossas mentes se ocupam intermitentes com os fatos ao redor, não nos é permitido relaxar, acalmar. Somente em ocasiões excepcionais podemos observar, deixar a vida fluir. No curso diário impera a competição, melhor espaço para atravessar a faixa, melhor localização no restaurante para o almoço, espaço no elevador, poltrona no ônibus, pão fresco na padaria, menor fila no caixa, concorremos a todo instante. Nossa vida profissional oscila nessa mesma instabilidade, se gostamos do que fazemos tememos ser transferidos, se não gostamos lutamos por melhor colocação, melhor salário, quiçá um fg, quiçá uma correção salarial da defasagem dos últimos governos, quiçá ao menos trabalhar em paz, com direito ao mais importante "poder pensar". Tudo isso na busca da tão sonhada realização, tão almejada felicidade. Em cada tempo a pintamos de uma forma, e nos deslocamos em disparada na sua suposta direção. Não somos únicos na corrida, dezenas o estão, centenas, aos milhares, correm, debatem-se e pisoteiam, na ensurdecida campeada individualista. Alguns alcançarão, outros desistirão, muitos terão esquecido o que buscavam e tantos mudarão suas prioridades. Atravessar a rua depois, almoçar mais tarde, subir pela escada, comprar pão fatiado, esperar na fila, não fazer diferença por onde passar. Quem somos, o que queremos e por que corremos? Cada um sente, seu momento de apressar ou acalmar, o momento de labutar ou desistir. E essas escolhas simples e cotidianas, imprevisíveis e fundamentais, definirão teu sucesso e teu fracasso, o poder de discernir e ir somente até onde teu sacrifício possa te fazer um ser melhor, esse poder é só teu. Somente teu.
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