Janelas...
Minhas janelas. Guardo na lembrança todas as imagens que pude ver pelas janelas, de onde morei. A de meu quarto na infância que revelava as árvores em festa com o vento, mesma paisagem onde quero acabar meus dias, quando estiver pronta, olhando o verde e sentindo o cheiro da pureza e paz do que é natural. Outras muitas, janelas já tive, há não muito tempo, podia ver as colheitadeiras, bem próximas de minha casa, admirei muitas manhãs o nascer do sol pelas vastas lavouras de soja. O tempo passou e a vida se transformou, minha janela hoje mostra muitas outras janelas, do décimo andar, toda minha volta se compõe de janelas. Em cada uma, vidas. Delas saem sons, vejo imagens e acompanho com a imaginação, quem são, o que fazem. Também devo ser observada, um tanto estranho. Moro em um bairro, bem ao centro da capital, mudei-me a uma semana. Incrivelmente, aqui os pássaros também cantam. Árvores nas ruas, crianças, e muitos estudantes, muitos de todos os estilos. Olho minha janela atrás da taça de vinho na escrivaninha, uma música calma está no rádio, um incenso adocicado no ar. Paz. Sou imensamente feliz também nesta janela.
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