sábado, 31 de julho de 2021

Quando dor se refaz em poesia - 14 de julho fim de um ciclo com o incêndio no Prédio da Secretaria de Segurança Pública - RS



 E de hoje o que fica e o que vem?

Certo que fica, a lembrança do pôr do sol, que não levantei para apreciar. Ora, veja, não apreciei-o de fato, mas estive lá por inteiro em todo resto, sofri, vibrei, sonhei, comemorei!
As violetas ficam, cumpriram seu papel! Sempre me fizeram companhia, ouviram minhas dores e risos.
As canecas ficam, dolorosamente ficam!
As imagens das três janelas, das três vistas, das três salas, que abraçaram minhas manhãs, nesses 10 anos, ficam.
Impossível deixar os piqueniques do pátio, as conversas desconexas de corredor, as semanas juninas, as "terapias" do almoço. O caminho descoberto, reiventado e sempre trilhado com paixão, esses vem comigo! Ah, esses estão em mim!
Todas as "Elises" diferentes que cruzaram os corredores, enquanto aprendia, crescia, errava e vivia. Elas vem!
Vem junto a permissão de sentir essa dor, pelo ciclo rompido, pelas memórias mexidas, pelo medo do devir. Agora tem chuva lá fora, e é dia que se permite o choro se assim quiser, está autorizado, deixa o peito apertar, estranho seria estar  bem!

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