Estamos na semana da consciência negra. Foi escolhida a data de 20 de novembro, como o dia da consciência negra, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
Tem-se realizado diversos movimentos para valorização da cultura afro, e resgate da história, onde os negros fizeram parte. A implantação do sistema de cotas, visa amenizar as desigualdades, entre brancos e negros ou descendentes. Igualdade racial, não é o privilégio de uma determinada raça em detrimento das demais, e sim oportunizar, igualitariamente o acesso, a educação, saúde e todos os setores da sociedade, para todos as classes sociais. Se os negros, pardos ou descendentes, estão em classes sociais com maiores dificuldades financeiras e de acesso, serão beneficiados, não privilegiados. Com o sistema de cotas, não é exatamente isso que acontece, pois reservam-se vagas somente para a raça negra e descendentes. Incontestavelmente, somos todos iguais, humanos, com capacidades latentes, que podem vir a tona ou não, independente de cor de pele, ou origem dos antepassados. Temos um passado triste, manchado pela escravidão, temos um presente culposo, buscando a reparação, e um futuro incerto, pois buscamos a igualdade, mas reservamos espaço para determinadas raças. Estamos certos? Seria esse o caminho para a reparação? Ou esta é uma nova forma de discriminação?
Esta semana é justamente para isso, para debatermos, estudarmos e buscar novos modelos de igualdade, de integração, entre raças, religiões, culturas e classes. Somos todos iguais, só precisamos descer do andor, e olhar olho no olho os que nos cercam, sejam brancos, negros, ricos ou moradores de rua, com piercings, tatuagens, ou cabelinho cacheado.
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