quinta-feira, 17 de junho de 2010

Como vai a fraude no Brasil?

A FRAUDE NO BRASIL  (órgãos públicos) – Relatório KPMG da pesquisa de 2004



Causas Prováveis para o Crescimento de Atos Fraudulentos


Insuficiência de sistemas de controle 51%


Áreas/Departamentos Mais Afetados


Contabilidade 10%, Almoxarifado 21%, Compras 29% e Financeiro


39%. (total = 99%)


Formas de Constatação de Fraudes


Auditoria Externa 2%, Auditoria/Revisão Interna 39% e Controles


Internos 52% (total = 93%)


Planos para Diminuição da Possibilidade de Fraudes


Melhoria dos controles internos 84%
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A fraude vai bem obrigada! Trabalhamos hoje no Brasil, de uma forma geral, com sistemas de gestão burocráticos, e falhos. Quanto mais acumulamos papéis em processos, mais assinaturas empilhamos no intuito de "dividir" responsabilidades, menos controle os gestores tem do atingimento de resultados, ou seja, da satisfação do contribuinte. Não pensem que defendo a ação por impulso, na emergência forjada, mas defendo a divisão de responsabilidades e cobrança de resultados. Gestores e servidores falando uma mesma língua. Falo em controle interno de processos. É preciso "clarear" processos. Desburocratizar não é deixar de cobrar documentos em dia, nem acrescentar um outro que faltou na hora da licitação, isso é fraude! A simplificação de processos, se dá através da organização e do controle dos mesmos. Deve estar claro quem faz o que dentro do sistema. Nenhum modelo de gestão pública evoluirá sem um método eficiente de controle interno de processos, sem planejamento e divisão de responsabilidades. Nossos modelos atuais são propícios a fraudes, não vemos preocupação dos gestores em avaliar, pouca ou nenhuma em organizar os servidores por competências, não temos feedback, dificilmente se trabalha em conjunto. Por outro lado o que vimos, é uma urgência em chegar a um determinado resultado. Esse por sua vez, sem discussão, sem projeção, sem avaliação de custo/benefício. O que acontece muitas vezes, não é a fraude em benefício próprio ou de terceiros, mas a fraude pela deficiência dos processos usados. Sorte, para a fraude, é que o controle externo, Tribunal de Contas, constata apenas 2% delas. E como diminuir as fraudes? A palavra vez é controle, baseado na divisão de responsabilidades, na gestão por competências , no planejamento e foco nos resultados. Desenvolver sistemas de controle interno aliados ao gestor, capazes de identificar as falhas antes de finalizar um processo fraudulento.

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