quarta-feira, 24 de março de 2010

Apenas atualizar

Uma chuva gelada cai sobre Santiago, são exatamente cinco horas e cinquenta e três minutos. Outono, chamamento de inverno. Ontem já beberiquei uma taça de vinho, do melhor, feito pelo meu pai. Esses prenúncios de inverno, me remetem a sensação de aconchego: ficar em casa, uma roupa bem confortável, óculos enquanto estou na frente do computador, minha cadela sempre ao redor, se me movo ela também, se vou para a sala ela vai junto. Paz. Queria dar ao mundo todo, a sensação de paz que sinto nesse momento. A respiração calma, a vida apenas fluindo. Felicidade sem motivo. Os problemas que surgem posso resolvê-los com calma ao seu tempo. As injustiças do mundo, posso impedir as que estiverem ao meu alcance. Dinheiro, algum dia vou ter mais; amigos, tenho os melhores do mundo; trabalho, faço o melhor de mim; saúde, vou comer mais coisas naturais e voltar a caminhar, assim que sentir vontade; família unida acima de tudo. De resto: as seis e meia começo a estudar, Dilma será a nova presidente da república, Chicão não se elege deputado. Estou indignada com o lema da campanha da fraternidade deste ano, com o desrespeito dos homens aos animais, com o preço da alface e do milho. Tudo normal, numa inebriante gangorra da vida.

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