A Lei de talião, surgiu como uma forma de dar medida exata para a necessidade de punir com justiça. Seus primeiros indícios de existência foram encontrados no Código de Hamurabi, em 1780 a. C. no reino da Babilônia. A palavra talião vem do latim e significa "tal" "igual", o que ressalta a ideia de igualdade, equivalência de punição. Para a época e para a cultura onde foi instalada, foi um avanço para uma sociedade completamente desregrada, onde até então, não havia nenhum tipo de medida para justiça, bem como pouco ou nenhum respeito pelos semelhantes, o cidadão era contido apenas pelo medo de castigos tão ou mais cruéis que o ato praticado. No entanto as mais brandas atrocidades foram praticadas em nome da necessidade de punir para se realizar um bem aparentemente maior. Perdendo assim seu fundamento de ser justo.
A Revolução francesa, em 1789, trouxe a trina filosófica liberdade, igualdade e fraternidade. Essas ideias foram crescendo e influenciando vários países pelo mundo com as tendências humanas de direito penal e democracia. Surge em dezembro de 1948 a Declaração Universal dos Direitos do Homem, com ideal de alcançar todos os povos e todas as nações.
Hoje falamos em tratamento penal, ressocialização e bandeiras são levantadas mundo a fora, pelos direitos humanos.
Fico com uma grande dúvida, esses princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, são limitados? Não deveriam eles alcançar todos os povos em todas as nações?
Por que o mundo comemora com a foto da morte de Bin Laden, por que teve repercussão mundial o enforcamento de Saddan Russen?
Será que muitos de nós ainda seguem mesmo que intimamente os princípios da Lei de talião:
"Se alguém furar o olho de um homem livre, nós lhe furaremos um olho; se alguém arrancar um dente de um homem livre, nós lhe arrancaremos um dente."
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