terça-feira, 10 de março de 2009

Deixe o tempo fluir

É noite de segunda-feira, uma espécie de preguiça ou relutância em iniciar uma semana cheia de atribuições. O dia foi cansativo, muitas pessoas falando ao mesmo tempo, complicado entender todas, complicado satisfazer o máximo delas. Agora, a calmaria da noite fresca e preguiçosa. O vento suave batendo na janela, a gata dorme em cima da cama, já não há mais cascudos, o que eu fiz esse verão que não percebi a presença dos irritantes besouros? Eles vieram, sei que sim, mas nem os percebi. Os girassóis? Os da lavoura em frente a escola? Plantaram ou não na última safra? Eu não os vi. E as minhas adoráveis maria-moles, as minhas doces florezinhas amarelas! Hum, sinto seu cheiro em minha mente. Não lembro de tê-las visto ano passado. Mas sei que nasceram, floreceram e murcharam. Onde estive? Perdida em minhas incompreensões, meus idealismos. Estive dentro de mim, me fazendo entender o significado de ser. Estive no universo de Deus, buscando compreender por que tantas atrocidades foram e são cometidas em nome Dele. Meu Deus não escomunga, não queima em fogueiras, não se vinga nos fracos, não faz dos outros escadas. Ele apenas me faz voltar, de vez em quando, a estrada percorrida, caso eu deixe de apreciar as maria-moles, os girassóis, os besouros, a gata...

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